É nestas alturas que custa ser emigrante
não poder andar pelas colinas...
errante: sem rumo, sem nexo,
guiada pelo cheiro da sardinha, da ginginha, e da viela estreitinha.
Não poder beijar alfama,
brindar ao Santo e à bezana
Não discutir com os amigos:
culpa da noite, que, safada, chama,
e da ginginha,
que tolda, e faz soltar versos
Mal feitos, toscos, e atrevidos
como os dos mangericos!
(senhores do grémio literário, não me matem! pequeno desabafo em forma de poema dedicado ao meu Santo Antoninho, que é a razão desta festa e desta minha paixão)