terça-feira, 5 de junho de 2012

God save the Queen



do minuto 1:15 para a frente, ela resume aquilo que representa! 




aqui o propósito de vida.





e, sessenta anos volvidos, fica a intensa e justa homenagem do Arcebispo da Cantuária... 

GOD SAVE OUR QUEEN! 


domingo, 13 de maio de 2012

John 15:12-15



This is my commandment, that you love one another as I have loved you. Greater love has no one than this, that someone lay down his life for his friends. You are my friends if you do what I command you. No longer do I call you servants, for the servant does not know what his master is doing; but I have called you friends, for all that I have heard from my Father I have made known to you.


(John 15:12-15 ESV)



I go to mass every week hoping to hear beautiful things. But this reading, in particular, sums up the whole story, and gives meaning to life!




sábado, 5 de maio de 2012

há sempre música entre nós!


A música música é que nos une. Une povos e derruba fronteiras...

A música é a expressão do Amor Universal!




sábado, 24 de março de 2012

Pum!

Elis não tinha filtro... não se importava de aparecer suada, chorada e jogada nesse turbilhão da vida... Elis canta tudo o que há, os altos-e-baixos da vida. Na bossa contempla, no samba celebra, na MPB dá voz à sensação de nunca se ter o amor que se precisa.

Elis é a raínha dos melodramáticos, a princesa dos carentes e a musa do Brasil inteiro!

Elis morreu de tanto sentir, mas 30 anos depos, ELIS continua imortal!

Quando rebento, "como a corrente de um cão furioso", vou ter com ela, ela dá-me voz ao, e eu sinto-me muito mais compreendida!






sábado, 10 de março de 2012

Corações ao alto!

Acho que só quando conto a história da minha vida (mesmo resumidamente, porque a minha vida dava uma colecção de livros tipo "tempo perdido" do Proust), é que me apercebo como ela é especial, sofrida, mas cheia de provas de Deus! 

E sim, grandes provas de Deus, enormes, gigantes, irrefutáveis... mas também a Graça de O perceber na beleza dos momentos, na grandiosidade da vida reflectida nos mais pequenos detalhes. 

Nos mais curtos momentos. 
Nos mais breves encontros. 
Nas mais simples palavras. 


E, de repente, faz ainda mais sentido que na missa se diga: "Ele está no meio de nós". 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Viagem ao mundo Dele!

Deus devia estar muiiito feliz quando fez o Rio... Deus deve ter tido uma daquelas manhãs gloriosas, em que se acorda com vontade de ouvir uma música bem animada, de dançar até cair e de gritar à janela LIFE IS FREAKIN' GOOD!

Este grito de Deus tomou forma de morros, vales, praias e lagoas... não contente com isto, porque quando Deus acorda bem-disposto, consegue ser um mãos-largas, fez tudo explodir num verde maravilhoso... acho que Deus achou o Pantone mediterrânico meio morto, e escolheu um verde cheio de força, transpirando emoção...

Deus não estava bem-disposto, estava eufórico, e faltava algo para completar o quadro: gente! Uma gente gingada, com batuques e cavaquinhos a acompanhar...uma gente em agradecimento permanente e subconsciente por tanta beleza divina! Deus não queria sacrifícios nem punições: só queria louvores em forma de música para Ele também poder dançar!

Tenho a certeza que Ele nos deu o privilégio de descobrirmos o Rio para ver se nos contagiávamos com este brado de felicidade! Não o conseguiu, mas existe, desde esse tempo até hoje, uma classe de portugueses que chega ao Brasil e se redescobre na alegria e na fé!

E Ele sabia que eu e a G. tínhamos potencial para pertencermos a essa classe. E G., com muita pena retiro os meus louros e te digo que não fui eu que organizei a viagem: foi ELE.

Estavam-me a saber bem os agradecimentos, mas Ele calculou tudo! E hoje eu vejo como ele é perfeito e ordenou:

"Vou-lhes dar uma viagem inesquecível: elas merecem, tendo em conta que uma está desterrada no frio de Londres e a outra, tadita, há quatro anos que ama dedicadamente aquele meu projecto meio falhado chamado São Paulo (pus lá boas pessoas, mas realmente os tipos cresceram e a certa altura nem me deixaram pôr mão naquilo... e nem Eu me atrevo a mexer com corrupção e construtoras brasileiras, não tenho pachorra!... por falar nisso tenho de falar com o Pedro, tem de parar com a mania de descarregar o mau humor no clima de Sampa)"

"Começamos por Floripa. Para uma delas vai ser especial, vai ser uma recordação constante de alguém que já está Comigo! Num dia, em particular, vou deixar sinais, e vou organizar uma viagem surreal, de puro assombro com as maravilhas do silêncio, da contemplação e da vida simples da gente marinheira! Vou fazê-las descer à terra, brindá-las com copos inesperados em botecos inusitados, vou mostrar-lhes que no Brasil uma noite bem passada pode significar cadeira amarela de pRástico, skol gigante, bate-papo com ex-funcionários da "sapo-Portugal" e cantoras inesperadas que dão "canjas" magistrais (Deus gosta de utilizar gíria, fiquem sabendo). No final, vou lembrá-las de que o Brasil não é só bonitinho, e encenar uma autêntica cena "tropa de elite"... quero ver o sangue frio das mininas!"

"Depois, o caos... vou pôr uma delas a praticar o desapego... enviando tudo para um armazém, perdendo casacos da topshop, etc... mas vou-lhe dar o apoio da outra, e com ele tudo vai ser mais fácil e menos penoso!"

"Com tantas emoções vividas e por viver, precisam de descansar! E Búzios é um óptimo lugar! Vou juntá-las com pessoas boas, vou levá-las a almoçar a um restaurante maravilhoso, com um dono que as vai fazer suspirar... mal elas sabem que é só o começo dos suspiros, porque tenho um batalhão de cariocas preparados para elas lavarem as vistas no calçadão! Para Búzios está tudo pensado, a começar pelo pequeno almoço, com flores, frutas, ovos e bossa nova... as praias vão ser as melhores, e com o buggy vamos ver se elas deixam de ser medrosas e conseguem chegar ao fim vivas e com costas minimamente saudáveis!"

"No fim, uma boleia/carona providencial (Deus também tem dois chips, de português de Portugal, e de Português do Brasil), de alguém que vai ser essencial na apresentação ao Rio que Eu gosto: o Rio das boas energias, o Rio carioca: saudável e alegre... acho que se vão dar bem. Prevejo vários encontros entre as duas viajantes e o casal tugo-carioca... encontros de muita conversa ao pôr-do-sol, encontros regados a caipirinhas  fortes, para as duas tótós perceberem que "cachaça não é água não", e que as caipis no Rio não são para brincadeiras!! Só um avisosinho para não se desgraçarem muito no resto dos dias!"

"Vou-lhes dar um bom apartamento, porque já percebi que nesse campo elas são exigentes, e vou-lhes dar o Rio em todo o seu esplendor! Neste quesito não preciso trabalhar muito, porque fiz um bom trabalho de base... a coisa ficou bonita! Só preciso de falar com o Pedro para o sol realçar o meu trabalho!"

"Para além de helicópteros, Corcovados e Pães-de-Açúcar, vou pô-las em contacto com cariocas do bem, com exemplos de simpatia e luta: o taxista André que está no último ano de medicina, os moços dos helicópteros que gostam mais da B. do que da Bundchen, e que, num bate-papo dengoso, dão um cheirinho da graça e da vida carioca!"

"Vou entusiasmá-las com o crescendo dos preparativos do Carnaval... vou provocar encontros, conversas, e aperitivos da explosão de alegria que aí vem!!!"

"Finalmente, a descoberta dessa folia chamada bloco de Carnaval... no primeiro dia vão ficar boquiabertas, a uma delas vou moderar a excitação tirando-lhe o celular num momento de dança e empolgação... a ver se ela entende mais este recadinho sobre maturidade e desapego!"

"Precisam de mais gente. Gente boa, gente divertida, gente apaixonante. Tenho o grupo perfeito para elas se juntarem! Tenho os blocos perfeitos para irem, tenho as emoções fortes para elas viverem! Está tudo planeado com o objectivo de ficar para sempre na memória! Está tudo preparado para se criar uma sinergia de folia e celebração entre todos e cada um"

"O desfile está pronto. As fantasias encaixam que nem uma luva. Eu sinto-me emocionado de as ver. Elas, comovidíssimas, no táxi que eu lhes pus à frente! A ansiedade de algo nunca feito, a emoção de celebrar muito mais que um Carnaval! É que o Carnaval é desculpa para se celebrar a vida, a superação e o Amor Universal! e a Sapucaí é o coração que pulsa todos estes sentimentos! Não as vou deixar desmaiar, mas vou deixá-las suar as estopinhas... as minhas meninas não vão vacilar... vão até ao fim... suaditas e porquitas, mas felizes e dançantes e autênticas raínhas da alegria!"

"Com isto vou dar um presente à aniversariante. Vou juntar um motorista do signo dela (ela adora estas coisas), vou juntar o grupo inteiro das meninas e vou criar um momento tão especial, que vai resultar em lágrimas na chegada a casa! Segue-se um jantar entre cinco pessoas estafadas mas muito especiais, e um Jobi com amigos portugueses que deixam estampada no rosto o carinho que têm por ela... e ela feliz da vida... não cabe mesmo em si de contente. Nem acredita que num ano tanto tenha mudado, que a vida seja esta montanha-russa que a põe no chão, por vezes, mas que também a levanta a esta altura!"

"Vai dormir feliz, acorda ao outro dia com uma mala topshop nova e uma tiara na cabeça. O dia pede um pouco de praia e agradecimento mudo. E pronto, uma sesta na dita, que as emoções deixam sequelas...segue-se um bloco tradicional, muito samba e riso, e o dia é rematado em beleza com uma festa com vista para Copacabana, com uma banda a tocar tudo e mais alguma coisa, um apresentador a parabenizar a portuguesa, e tantas energias boas à solta, que custa descrever!"

"Ao outro dia a despedida dói. Mas elas agradecem-Me muito, e vão usar esta viagem para se lembrarem que o poder da alegria move montanhas e está ao alcance de qualquer um."

"E que esta viagem sirva para que Me venham visitar mais vezes, eu que estou nesta cidade, cá em cima, de braços abertos, sempre pronto para as receber!"




sábado, 25 de fevereiro de 2012

it's pisces time!

lido em Signos s.a.:

"Último signo do Zodíaco, Peixes também é o último da série dos signos mutáveis, aquele que dispersa e distribui tudo o que todos os signos anteriores construíram e criaram no ciclo de manifestação. Assim como ele se dedica ao entendimento geral de tudo, porque sabe que tudo tem um fim, também sabe que está na fronteira de dois mundos. Um mundo que termina, outro que deve começar dentro em pouco. Nesse limiar, Peixes permanece, sentindo e pressentindo o que ainda virá, e o que já foi, tentando ensinar ao mundo a lição de todos somos partes de um mesmo organismo, que não há separação.

No mar de emoções instáveis como o oceano, governado por Peixes, está este signo que acompanha todos os que estão se despedindo de um ciclo, daí sua relação com os internatos, os que saíram do convívio humano, aspirando uma ordem ainda invisível. Os hospitais, onde muitos passam de um plano para outro, também é o lugar relacionado com peixes, assim como os portos, onde se vê ao longe a possibilidade de um mundo que se desconhece, mas que se pressente.

Peixes representa o conseqüente escapismo, a fuga do mundo, o devaneio e o ar vago, a modéstia e um certo ar de vítima do mundo que às vezes exibe. Com a enorme empatia que sente pelos desfavorecidos, Peixes quer a justiça, mas a divina, pois "seu reino não deste mundo" e ele entra pela porta dos fundos em todas as situações, mas acaba sempre dando seu recado, porque o céu fala por sua boca.

Assim é Peixes, que às vezes é saltimbanco na vida, sem saber muito bem como anda e para onde vai, sempre seguindo com fé sua intuição e sua sensibilidade artística, principalmente musical. Peixes vê com os olhos amplos, fixos no horizonte e pouco lhe interessam os detalhes. "Navegar é preciso" é um lema deste signo, lítico, incompreendido, sentimental ao extremo, capaz das maiores loucuras e das maiores provas de compaixão humana. Almeja o transcendente, como Sagitário ou Escorpião, mas à sua especial maneira – sem fazer alarde, sem querer convencer ninguém, mas com uma força de alma que é conhecido pela sua "reza forte", que cai como uma bênção nas almas aflitas."

sábado, 4 de fevereiro de 2012

2 Manecas!

Todas as relações se fortalecem na luta. A de mãe-filha transforma-se numa cumplicidade impossível de descrever!

Alguns chamam dependência. Eu não concordo. Mesmo se for esta a palavra, é uma dependência que só traz amor e resolução. Eu prefiro falar em formação de carácter, em exemplo, em apoio maior que a vida em si.

Talvez não seja fácil para as duas, esta coisa de sermos companheiras de batalha. Mas com a maturidade e alguma calmaria percebemos que vale tanto a pena!

O que eu posso dizer, é que não mudava uma linha do meu destino. Serviu-me para criar laços que não são deste mundo.

I love you Mum (porque o dia da MINHA mãe é quando EU quiser)

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Leap of faith.



A pessoa sempre encontra aquilo que precisa! Não há maior prova de Deus do que esta sensação, às vezes demasiado fugidia, de que tudo foi como tinha que ser!

Ao longo dos anos tenho tido tantas provas disto. Tantas certezas de que Deus usa os percalços, mexe com encontros e desencontros, grita por entre as coincidências da vida.

E espero sempre acreditar, usar esse instinto para aprender e evoluir.

Quem me conhece sabe que não gosto de mudanças. Odeio incertezas: fazem-me sofrer por antecipação, que é o pior sofrimento, porque não tem objecto nem ponta por onde se lhe pegue.

Mas às vezes, muito às vezes, transporto-me para aquela primeira aula de teatro, em que o professor me tapou os olhos, me fez subir ao palco, depois a uma cadeira em cima do mesmo, para suavemente me dizer: agora deixa-te cair, de costas, para a plateia!

Eu não sei como, confiei. E depois do pânico do descontrole caí nos braços do resto dos colegas da turma.

Life is a leap of faith, but in the end you have a celestial safety net.





sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

D.A.N.C.E




To dance with all my soul
To dance the Whole Wide World

To dance 'till death do us part...
And, after that, to dance wherever we are!

Just DANCE. nothing else matters when you're doing it!

domingo, 22 de janeiro de 2012

escárnio em código "morsa"

Pausa na lamechice paea denunciar um velho hábito português... ou simplesmente Lisboeta, não sei dizer! E também não sei como ainda não fizeram um sketch sobre isto, porque eu esbarro neste tique  a cada esquina que dobro... e de tão patético, dá-me vontade de rir!

Esta é uma tendência primavera-verão-outono-inverno muito em voga ali pelos lados do meu bairro, e de muitos mais bairros da nossa querida Lisboa... e desde criança que a ouço, principalmente no cabeleireiro, e penso na patetice que é adoptar uma tendência quando esta não nos favorece, só nos diminui aos olhos dos incrédulos e desconfortáveis clientes.

Estou a falar  da mania irritante de estar a atender alguém e a comentar com o funcionário do lado as "vacas do dia" (tipo belle du jour, só que ao contrário, 'tão a ver?). Só isto já seria irritante, MAS o refinamento atinge proporções épicas quando o escárnio é arremessado em meias frases, palavras soltas e olhares de quinze minutos.

Exemplo:

- OLHA, (cabeça atirada na direcção da recepção, onde está "la vache du jour") tás a vê-la, não tás... depois conto-te....

(olhar estático de quinze minutos para o "kelega", lábio ligeiramente arrepenhado e sobrolho franzido, enquanto a cadeira vai subindo ao som de um nhéc nhéc nhéc)

(concentro-me na revista, mas os famosEs continuam os mesmos desde que nasci, e com a mesma postura: mal-vestidos e parasitários. Opto por gozar o quadro vivo, em vez do quadro Ana mais atrevida...btw, RIP para essa bela revista)

- Isto assim, filho, tá bonito... OH menina, quer escadeado?

(bolas, nem percebi que era para mim)

- AHMMM, Um bocadinho, em baixo, mas nada daqueles cortes à estrela da novela da TVI, se faz favor!

Diz o cabeleireiro do lado:

-  Mas foi ela... ou àà'migaaaaa??? (olhar irónico, seguido de risada).... aiiiii filha, c'até a Varrac'aVana, como dizia o outroooo.

(mais um olhar de meia hora... começo a temer pelo meu cabelo)

-Oh Sandro, tu sabes perfeitament' c'uma anda a reboque da outraaa... é o padre e o sacristão...

-Aaiiii menina, isto tá mallll... sabe que eu sofro de "retmísia", não posso ver certas coisas, não é Antónioo?

Risada dupla e olhar intimidatório para a "vache qui rit".

(Pera, que o início da frase era para mim outra vez. Opto por um diplomático sorriso amarelo, para não atirar achas para a fogueira do Parque-Mayer-meets-hairdresser. Para minha alegria, os secadores calam-se, e o cabelo não sofreu danos de maior)."


Ando a levar com estes quadros desde que nasci, a cada lugar que vou.



E de cada vez que volto, deparo-me com mais cenas do género. Aqui há bem pouco tempo, no supermercado, a funcionária "começa-me" a enviar "recados" para o pequeno Sandro (pronto, chamemos-lhe António, porque este é um blog despreconceituoso... aproveito para mandar um grande bem haja a todos os Sandros leitores deste blog).
Bicho-do-mato que sou, fui incapaz de dizer o que me apetecia, que era qualquer coisa como:

-"Minha senhora. Se quiser, pode parar de trabalhar para comentar com o Antoninho. Eu não me importo de abdicar de cinco minutos para a senhora destilar o rancor que sente por certos e determinados colegas. Dito isto, acho desnecessário lançar meias frases, em código "morsa" e por cima da minha cabeça, por dois motivos: 1. Toda a gente da fila percebe, e não vamos propriamente associar o nome à funcionária da caixa cinco, ou fazer queixinhas ao gerente. 2. Ao falar por cima da minha cabeça, claramente não vê que já registou os bróculos três vezes."

Apesar de nada ter dito, devo dizer que não resisti a impedir a funcionária de ver o.... ANTÓNIO, pondo a minha cabecita sempre no seguimento do olhar da primeira... até que ela me brindou com um mudo e seco "dá licença?!", e eu, impassível, apenas devolvi um uppercut em forma de   "olhe que bróculos em excesso acabam por fazer mal à saúde...".


Um dia eu chego lá e digo o que penso! Ou se calhar, é capaz de não ser boa ideia!



segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

in the arms of the Ocean!


Hoje vou voltar a fazer um mix perigoso, que talvez ponha alguns leitores de cabelos em pé... mas comecei a ler o livro "o Princípe e a Lavadeira", do Padre Nuno Tovar de Lemos, e apaixonei-me à primeira história... pela simplicidade, pelo narrar do necessário, do complexo tornado simples através da perspectiva do amor!

"O peixe e o mar" é uma metáfora magistral, que explica o desafio da meditação, do conhecimento interior, a busca de uma transcendência, nesta vida que só vê a superfície.

Enquanto lia lembrei-me da música "Never let me go", da maravilha que é "ouvir com olhos de ler" o novo Ceremonials, da nova diva chamada Florence Welch. Tenho um post guardado sobre ela, mas artigos mais altos se levantam!

Não sei se concordam, mas eu acho que tem tudo a ver! a versão do CD é, quanto a mim, ainda melhor, mas blogs intimistas pedem canções acústicas.


E o livro pede que o leiam. Para vosso bem!



Texto extraído do livro O Príncipe e a Lavadeira, de Nuno Tovar de Lemos, sj - Ed. Paulinas, 2005

"Uma vez pediram a um peixe para falar do mar.
- Fala-nos do mar - disseram-lhe.
- Dizem que é muito grande o mar - respondeu o peixe. - Dizem que sem ele morreríamos. Não sou o peixe mais indicado para vos falar do mar. Eu, do mar, só conheço bem são estes dez metros à superfície. É só deles que vos posso falar. É aqui que passo o meu tempo, quase sempre distraído. Ando de um lado para o outro, à procura de comida ou simplesmente às voltas com o meu cardume. No meu cardume não se fala do mar. Fala-se das algas, das rochas, das marés, dos peixes grandes e perigosos, dos peixes pequenos e saborosos e de que temperatura fará amanhã. O meu cardume é assim: eles vão e eu vou atrás deles.
- Mas tu, que és peixe, nunca sentiste o mar?
- Creio que o sinto, às vezes, passar por minhas guelras. Umas vezes o sinto, outras não. Às vezes o sinto, quando não me distraio com outras coisas. Fecho os olhos e fico sentindo o mar. Isso tudo de noite, claro, para que os outros não vejam. Diriam que sou louco por dar tempo ao mar."

(...)

"É difícil ver as coisas que estão longe. Mas ainda é mais difícil ver aquelas que estão realmente perto. Até já pensei que talvez seja por causa disso que é difícil ver Deus, não porque ele esteja longe de nós mas, pelo contrário, por estarmos muito perto dele, talvez dentro dele, como O PEIXE E O MAR."

Para vocês (you know who), que apesar desta vida louca, nunca vêem só a superfície, e estão em mim como o peixe no mar!





terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Acordes, cidades e reencarnações!


Quem deu a ideia para este post foi o Herman José, um dos meus mais recentes "amigos" do facebook.... eu devo dizer, antes de mais, que adoro o Herman, continuo a adorar, e rejeito com todas as minhas forças a tese do "já teve graça, mas está um ordinarão!". O Herman continua com lampejos de génio, com interpretações amalucadas e uma presença inigualável, que sempre me faz rir!

Passada esta ode a Herman José, hoje deparei-me com um post do dito que me pôs a pensar...

Se eu reencarnasse em música, que música seria?

Claro que quem conhece bem o Herman sabe que ele reencarnava no "Alfie"... para fãs de Herman, esta resposta seria de nível básico!

Depois de muito pensar, acho que eu reencarnava nesta música... porque adoro o intro, a pianada com acordes disco, o crescendo e a voz sublime da vocalista dos Odissey.

Porque me remete para a vida cosmopolita: para o sentimento de liberdade, e ao mesmo tempo adrenalina...

Porque nas grandes cidades, os desafios são mais suados, mas é um preço bem baixo a pagar para quem quer escrever a sua história numa folha em branco, para quem quer sonhar mais e abraçar esse mundo conservado em selva de pedra.

Porque a canção fala de Nova Iorque, o epíteto de grande cidade... porque apesar não voltar a "casa" há anos, continuo a amar Nova Iorque, a agarrar-me a memórias de três visitas inesquecíveis... Porque até tenho medo de voltar, como quem tem medo de rever uma grande paixão, por saber que as grandes paixões nunca adormecem, apenas se aquietam dentro do coração

Porque descobri esta canção na banda sonora desta série, que eu nunca vou esquecer, que era mais que uma série sobre quatro mulheres amalucadas... era um tratado sobre a condição feminina, sobre as relações amorosas e de amizade nos dias que correm!

Escrito isto, acabo de descobrir mais uma resolução para 2012: porque nem todas as resoluções têm que ser chatas, este ano vou voltar a ver o sex and the city TODO... imediatamente após a cura do vício Downton Abbey!  

E lembrem-se: um bom ano também se faz com boas músicas e boas séries!  

From Lisbon, with love!

Lisboa este ano está mais bonita! Não tem as sazonais luzes de Natal, a ofuscar condutores e a constipar as crianças, coagidas a irem para a rua ver lâmpadas porque os papás acham "catita" .

Acabou-se a papa doce! acabaram-se os "senhores de ascendência hindu e/ou Paquistanesa" (dito assim porque este é um blog respeitável e despreconceituoso) a venderem patos de língua sinistra e bandoletes de rena em pleno Terreiro do Paço. Acabaram-se as pirosadas de "quem tem a maior árvore de Natal", qual a rua mais histericamente decorada, ou qual a família mais embonecada com anéis cintilantes e camisolas com renas bordadas!

Lisboa é, e sempre foi, como aquelas irritantes das revistas (tipo Bundchens ou Ambrósios), que estão no seu melhor quando saem à rua de t-shirt normalíssima e sem maquiagem... ao contrário delas, Lisboa não é burra (continuo a agarrar-me à ideia de que atrás daquelas cabecitas milionárias não há um neurónio para amostra... a hipótese B da minha cabeça é elas estarem pejadas de celulite e aquilo ser tudo photoshop).

A minha cidade tem uma beleza sublime, carrega em si a simplicidade do belo e do autêntico.

Lisboa recebe a crise de cabeça erguida, mostra a sua dignidade e não baixa os braços: as comidas continuam maravilhosas, e a mulherada ataca brutalmente os saldos, confirmando que não há dinheiro no mundo que pague o bom-gosto, e que se a Europa tem uma identidade, esta também passa pela classe e o comprometimento à moda (e no nosso coração cabe sempre mais um parzinho de sapatos)!

Os homens, ui, esses continuam lindos... devo dizer que se continua a lavar a vista a cada esquina!

Para já é isto que consigo escrever... porque a cada vez que venho cai-me o mundo no colo, de tal forma que fico sem tempo para escrever, sem fôlego para reagir ou pensar em floreados lexicais para presentear este meu/vosso blog...

Votos de um bom ano! Que 2012 traga muita paz de espírito e muito Espírito Santo para pensarmos o melhor e fazermos o correcto!